No âmbito da disciplina de Design e Comunicação Visual, do curso de Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, foi-nos proposta a elaboração de uma infografia jornalística. A docente, Emília Carvalho, deu-nos a liberdade de escolha da notícia sobre a qual iríamos realizar a infografia e, assim, optamos por abordar os tornados que ocorreram nos EUA, de 27 a 30 de abril.
Escolhemos esta notícia por gostarmos de temas relacionados com catástrofes naturais e por considerarmos que se tratava de algo bastante visual.
Um tornado é um fenómeno meteorológico que se manifesta sob a forma de uma coluna de ar, que gira violentamente e que está, simultaneamente, em contacto com a superfície terrestre e com uma nuvem. Possui uma forma afunilada, com algumas centenas de metros de comprimento e uma nuvem de pó e detritos na sua base.
Quanto ao mapa em si, optamos por lhe atribuir, no geral, uma cor neutra, de modo a enfatizar os locais atingidos pelo tornado - a vermelho, cor forte e violenta. Assim, os estados onde este atingiu com mais intensidade (Oklahoma e Arkansas) encontram-se num vermelho mais forte, mais vivo e mais intenso. Os estados afetados com um pouco de menos intensidade (Tennessee, Mississipi e Louisiana) apresentam, um vermelho mais esbatido, menos intenso.
Com base nesta definição, colocamos um tornado cuja base está apontada para o ponto (círculo a negro), onde este incidiu com mais violência. A cor cinza do tornado visa simular o vento e a opacidade provocada pelas poeiras e detritos que este transporta). Ao colocarmos o tornado em tamanho grande, procuramos dar uma ideia de dimensão (dimensão gráfica e dimensão dos estragos).
Sendo que a infografia é uma representação visual de informação para proporcionar uma melhor perceção da mesma, quanto mais simples e concisa for, mais eficaz é a transmissão da ideia pretendida. Neste sentido, colocamos vários dados estatísticos num único gráfico (número total de tornados, número de mortos e de feridos), ao qual demos o nome de "Os tornados em números". Optamos por fazer esta compilação de dados para melhor se verificar a relação entre a quantidade de tornados e as consequências humanas que provocaram, simplificando, assim, a informação a nível visual, para ir de encontro ao conceito de infografia, acima apresentado. Para as barras do gráfico, escolhemos a cor vermelha para o número de feridos (por ser uma cor alusiva a ferimentos), a cor preta para o número de mortos (por ser uma cor alusiva à morte) e a cor cinzenta para o número total de tornados (por ser uma cor alusiva ao vento e à opacidade provocada pelos detritos e poeiras transportadas por um tornado, tal como já referi).
No que toca à tipografia, concluímos que utilizar script ou letra serifada não faria sentido, dado que estas são sinónimo de elegância e delicadeza. Assim, optámos por utilizar o tipo de letra Tahoma (não serifada) por transmitir mais força, sendo que um tornado é um fenómeno violento.
Foi-nos, também, proposta a colocação da infografia realizada num contexto editorial. Assim, dado que esta era de caráter noticioso, colocamo-la no jornal "O Metro". Escolhemos este jornal porque, sendo um jornal diário, permite uma atualização de informação com maior frequência. Além disso, sendo um jornal grátis e distribuído para todo o tipo de público, requer uma linguagem mais simples e acessível e a essência da infografia é mesmo essa - transmitir a informação de um modo conciso, simples, dinâmico e eficaz de modo a conseguir abranger e ser compreendida por todo o tipo de público.